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CURSO LIVRE - ANTROPOLOGIA, SAÚDE E CUIDADOS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Horário: terça-feira, 15:30 às 17:00 horas

publicado: 02/06/2020 07h04, última modificação: 02/06/2020 07h04

CURSO LIVRE - ANTROPOLOGIA, SAÚDE E CUIDADOS EM TEMPOS DE PANDEMIA, será ministrado pelos(as) Professores(as): Ednalva Neves, Luziana Silva, Marcia Longhi, Mónica Franch, Pedro Nascimento. As inscrições no SIGEventos serão reabertas nesta terça-feira (2), a partir das 10h00, e seguirão até quinta (4).

Nos últimos meses de 2019, da China, assistimos assustados ao crescente número de pessoas doentes e mortes em decorrência de um vírus que chegou a ser identificado em dezembro, designado como coronavírus 2019, cuja doença passou a ser nominada por Covid19. Apesar de infectar demais faixas etárias, as pessoas acima de 60 anos de idade apresentam quadros clínicos mais graves, exigindo atenção diferenciada com internações hospitalares e em Unidades de Terapia Intensiva. Mesmo com os esforços de cientistas do mundo inteiro, as terapias (medicamentosa, imunológica etc.) ainda não alcançaram a efetividade desejada para controle da pandemia, declarada pela OMS em março de 2020.

A 60 dias da notificação do primeiro caso da covid-19 no Brasil (BRASIL, 2020), persistem tensões entre o governo federal e entes federados – distrito federal, estados e municípios –, provocando dissenções e ausência de uniformidade e comando político na condução das estratégias de saúde pública para o enfrentamento da pandemia no país. Com a curva epidemiológica de infectados e mortes pela doença em crescimento, os governos estaduais adotam o modelo do distanciamento social (ou lockdown) e cuidado hospitalar aos doentes mais graves, como recomendado pela OMS. Mas, apesar do esforço, verifica-se o “colapso” de sistemas de saúde nos estados.

No entanto, nada tem sido mais emblemático do que o impacto da pandemia sobre o cotidiano e a vida das pessoas e famílias. Para o cidadão, a complexidade passa pelas desigualdades econômicas e sociais, envolvendo questões raciais, de gênero e geração, assim como as situações provocadas pelas gestões da pandemia nos diferentes níveis de governo, tais como: confusão e conflito de informações, normas de isolamento voluntário, cuidados com os idosos – alguns representam a única renda familiar –, serviços de referência para acometidos, entre tantos dramas que podem ser associados às condições da população em situação de vulnerabilidade social e pobreza.

Essa situação torna-se emblemática para pensar não apenas as circunstâncias/conjunturas da doença, mas como a Covid 19 e seu enfrentamento têm impactado ou reforçado as estruturas e hierarquias sociais. Nessa proposta reunimos algumas inquietações e temas que atravessam o campo da pesquisa antropológica e que convidam a refletir sobre a relevância social da abordagem antropológica diante da crise mundial, e brasileira.

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